RAUL SEIXAS PERMANECE ATUAL
Foi há 20 anos. Poucos ídolos da indústria cultural e de massas conseguem sobreviver por tanto tempo. A sociedade de consumo torna a maior parte descartável rapidamente. Por isso mesmo o caso do compositor e cantor Raul Seixas, morto em 1989, pode ser considerado um fenômeno de popularidade. O seu legado músicas, histórias, tiradas, símbolos e modismos ganhou força nos últimos 20 anos, manteve fiel o fã clube dos anos 80 e se reproduziu nas novas gerações. Recentemente, na Virada Cultural de São Paulo, um espaço de apresentações dedicado ao Maluco Beleza bateu recorde de público embalado no grito de guerra "TOCA RAUL!".
Qual o segredo? Evidentemente as músicas do roqueiro brasileiro estão recheadas de idéias e sacadas sintonizadas com o gosto popular; avançam pelos costumes com debochada irreverência; tratam dos lugares comuns com a devida atemporalidade e, com freqüência, insinuam a contestação e a rebeldia juvenil, embora não se possa inscrever o autor e seus parceiros no rol dos músicos engajados que se opuseram à ditadura militar e ou se opõem ao sistema político econômico dominante. A sua arte, no entanto, permanece encantando.
A revista Caros Amigos, que já fez uma edição especial por ocasião dos 10 anos da morte de Raulzito, rende agora nova homenagem ao numeroso público de fãs e admiradores do cantor. Com reportagens sobre o mito, os seus amigos, a mercantilização de sua imagem e as influências da sua produção musical, procuramos refletir um pouco mais sobre esse fenômeno da resistência nos tempos do sucesso online.
Boa leitura.
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